Tulum

Depois de um longo período de reclusão devido à pandemia e ainda com o dólar alto frente ao Real, resolvemos nos aventurar novamente.

Para quem não sabe, uma das formas que eu adoro viajar é só com as amigas. O grupo já chegou a ter 7 mulheres, mas nem sempre conseguimos conciliar as agendas.

Nossa última viagem foi para a Ilha de Páscoa (post nesse link) e lá havíamos combinado que a próxima seria para uma praia – não que não tivesse praia na Ilha de Páscoa – mas é diferente!

Pois bem, no primeiro semestre de 2021, mandei uma mensagem para elas e disse “Já sei para onde será nossa próxima viagem… Vamos para Tulum!”

Bem.. Compramos as passagens e fomos acompanhando a oscilação do dólar durante o ano, assim como as notícias sobre fechamento de fronteiras no mundo em função da pandemia e como estava a situação no México – quantas viagens não tiveram que ser canceladas de última hora, né?! E no dia 1o de dezembro de 2021 embarcamos para o México. Dessa vez em 4 mulheres.

Tulum era uma cidade bem rústica, sem luz elétrica e muitos iam para lá justamente por essa vibe. Agora, tem toda a infraestrutura necessária para o turismo – embora existam hotéis ainda rústicos – e está crescendo ainda mais. Conta também com uma galera bem ligada a yoga e práticas para o bem estar físico e mental.

Hoje a cidade está surfando na onda da moda e por isso os preços estão meio salgados.

Nós 4 em Ek Balam

O que adorei na minha última viagem sozinha … “Planeje algumas coisas, mas deixe outras para o universo decidir” e assim fizemos. Teríamos 7 dias inteiros em Tulum. Algumas coisas eu queria muito fazer e queria que fossem organizadas de maneira correta. Por isso, pesquisei agências em Tulum que pudessem me indicar ou organizar transfers e passeios. Conheci o Matias da @turismo.mexico. Ficamos nos falando durante os meses que antecederam a viagem e só tenho elogios ao serviço que ele nos prestou.

Como chegar e se locomover em Tulum

Por enquanto não tem aeroporto na cidade (já estou sabendo que existem planos de se construir um. Então, quando for, verifique se já é possível pousar diretamente na cidade!).

O aeroporto mais próximo é o de Cancún. São aproximadamente 120km até Tulum.

Do aeroporto até Tulum é possível ir de ônibus, alugar um carro ou transfer privado. Preferimos fechar um transfer (o Matias da @turismo.mexico organizou os transfers ida e volta para o aeroporto de Cancún). Talvez você esteja perguntando o por que.. OK.. explico: Com essa loucura de cancelamento ou atraso de voo devido à situação que estamos vivendo, não queria arriscar o ônibus. Quanto ao carro, já tinha lido que em alta temporada é complicado encontrar local para estacionar em Tulum, além disso o combustível lá é bem caro!

E como a gente se locomove por lá? A cidade é super plana. Para ir em alguns cenotes, praias, mercados, bares, etc.. é super fácil alugar uma bike. Tem ruas estreitas onde bikes e carros disputam um lugar ao sol, mas acho que as pessoas estão tão acostumadas com esse convívio, que não tivemos dificuldade. Você encontra vários quiosques de aluguel de bike e se ficar em airbnb, pergunte se a casa ou o apartamento não tem bike para emprestar. Consulte os preços e as bikes. Costuma ter diferença de valor e qualidade entre eles. Para passeios mais distantes, acredito que negociar um transfer ou um taxi é o melhor a se fazer. Um ponto a se levantar… transporte lá é caro. Sempre verifique o valor e negocie.

O que fazer

Como disse, algumas coisas não planejamos e outras, o Matias organizou. Então, primeiro, vou dizer tudo o que fizemos por conta própria:

Beach Club – fomos no beach club do Hotel ROC. Um dos mais em conta da Zona Hoteleira. Não aceita crianças e não tem balada – era o que queríamos ok?! Existem outros para quem quer curtir uma balada durante o dia todo.

Existe uma taxa de consumação mínima e você tem direito a usar as camas da praia, piscina, banheiros e restaurante. Tudo em um beach club custa o triplo, mas quem está na chuva é para se molhar e já fomos cientes do custo.  Fomos muito bem atendidas.

Sítio arqueológico de Tulum

Situado na península de yucatán e sob uma rocha de frente para o mar, era um ponto muito importante de comércio na época do mayas.

Dali é possível descer em uma praia linda, porém, não tivemos a chance por um motivo super compreensível, era época de desova das tartarugas e a praia estava fechada.

Antes de chegar, tem uma barraca vendendo ingressos. São verdadeiros, não se preocupe! Mas tem os guichês na entrada também. Então, faça a sua escolha. Nós compramos na barraca e escolhemos um que dava direito à entrada, um passeio de barco para ver as ruínas desde o mar e fazer snorkel perto dos arrecifes para ver tartarugas e arraias. Achei que valeu a pena.

Importante: Domingo a entrada é grátis para os mexicanos. Por isso, costuma ficar cheio! Outra coisa…. leve água ou compre antes de entrar, não tem como comprar lá dentro! Chapéu, protetor solar e sapato confortável são essenciais!

Dá para ir de bike tranquilamente estando hospedado na zona hoteleira ou no centro. Se for de carro existem alguns estacionamentos ao longo do caminho e até bem pertinho da entrada. É possível também pode parar na rua.

Alugamos bikes e fomos para a zona hoteleira buscar um outro beach club para curtir a praia e almoçar. A única coisa que se concretizou foi o almoço. Sentamos no restaurante da Praia Piedra Escondida curtimos a paisagem e almoçamos. A praia é pequenina, gostosinha, mas não reflete o que a gente espera das praias de Tulum. Talvez a expectativa tenha sido muito grande e aí preferimos ir embora. Tem ciclovia até perto e estacionamento para as bikes.

E agora, vou falar sobre o que foi organizado pelo Matías diante dos meus pedidos:

Cenote Dos Ojos

Daí você me pergunta “dá para ir por conta própria?”, dá sim! De bike daria 1h07m, porém, é necessário pegar estrada. Talvez o ideal fosse fechar um táxi ou outro tipo de transporte. Resolvi fechar com a agência porque eu gostaria de mergulhar no cenote (com cilindro) e uma boa indicação é essencial! Meu instrutor foi o José – super profissional e um ótimo instrutor! O valor pago incluía as entradas para o cenote, o mergulho com todo o equipamento, os equipamentos para flutuação (as outras 3 amigas não mergulharam) e um lanche. Foi maravilhoso! Uma experiência incrível entre estalactites e estalagmites com salões amplos onde parecia que flutuávamos.

O cenote fica dentro de um parque onde vivem famílias descendentes de mayas. Além do mergulho é possível fazer tirolesa e curtir um tempo livre em redes nos meios das árvores. Tem restaurante, lojas de roupa, artesanato e lockers. A comunidade é muito preocupada com a sustentabilidade e por isso, vamos colaborar!!

Para mergulhar basta ter certificado “open water” e alguns mergulhos de experiência. Acredito que mergulhos técnicos também sejam possíveis, basta se informar.

Reserve umas 5 horas para esse passeio caso queira curtir com calma.

Passeio de barco

Apesar de ter sido intermediado pela agência, nós fechamos o passeio direto com a “The Yacht Experiences”.

Fechamos um passeio de 4 horas ao pôr do sol, somente para o nosso grupo. Escolhemos um dos menores barcos e sobrou espaço para nós mais uma tripulação de 4 pessoas (o nosso barco foi o Four Winns Vista – Roma). O valor dá direito a um menu que você pode escolher junto à empresa e open bar.

O transfer até Puerto Aventuras é por sua conta. Eles até oferecem, mas procure outros valores. Nós encontramos um bem mais em conta!

Foi uma experiência incrível! A equipe foi super cuidadosa, os drinks muito bem feitos, a comida farta e deliciosa, o mar delicioso com direito a ver arraias, usar a prancha de stand up padle e ver um pôr do sol de tirar o fôlego.

Ah.. prepare sua playlist. O barco tem bluetooth e você pode ouvir suas músicas preferidas!

Zona Arqueológica de Ek Balam

Na língua maya, ek = negro ou escuro e Balam = jaguar. Por ser mais afastada é pouco visitada por turistas. Por isso escolhi esse local e também por já conhecer o Sítio arqueológico de Coba (vide o post de Cancún). O mais famoso das redondezas – Chichén Itzá – é muito cheio e todo mundo vai! Vale a pena conhecê-lo? Claro que sim! Mas escolhas são escolhas!

Ek Balam é diferente de todos os sítios. Começando por ter sido um dos últimos a serem descobertos e abertos ao público. Um dos poucos que ainda se permite subir até o topo das construções e preserva muita vegetação ao redor. Subir todos os degraus da principal construção – Acrópolis – permite uma visão 360º do local! É simplesmente lindo!

Eu indico muito contratar um guia. Existem vários próximo à bilheteria e que falam várias línguas. Além de conhecer melhor a história do lugar, você ajuda os descendentes dos mayas que trabalham ali. O nosso foi o Josuechan que inclusive nos ensinou uma palavras em maya.

Cenote Suytun

Mais ou menos 35km separam o Cenote Suytun de Ek Balam e fica no mesmo caminho. Por isso, quando fechamos esse passeio com a agência, incluia o cenote e a zona arqueológica.

O Cenote em si não é muito grande, mas é lindo. É um cenote fechado por onde passa a luz por um pequeno buraco no topo. Essa luz, no mês de dezembro, ilumina a plataforma central no intervalo das 12:00 pm até 2:30 pm.

Logo após a bilheteria, tem lojinhas, sanitários e lockers (esse mediante um valor a mais). Ali é possível pegar coletes para flutuação e um pouco mais adiante tem chuveiros para se molhar antes de ir para o cenote. Se não se molhar, o pessoal que toma conta do lugar vai pedir para você voltar e tomar a ducha! Então, já vai de ducha tomada!

Fora do complexo do cenote, tem um restaurante por peso. A comida é bem gostosinha!

Jantar com o chef Wally

O Matías comentou comigo sobre essa experiência gastronômica. Mas no início iríamos ficar em um hotel, o que impediria o uso da cozinha. Porém, com as mudanças de planos, acabamos ficando em um airbnb e não pensei duas vezes. Contratamos o serviço.

O chef Wally (@wallychefathome), sua esposa Esperanza e o Matias oferecem vários menus para serem escolhidos previamente. No dia marcado, eles chegam com todos os ingredientes, fazem um reconhecimento da sua cozinha e a partir daí é só curtir. Nem a louça fica para você lavar! Eles deixam tudo como encontraram. Enquanto isso, o Matías fica tirando fotos do evento para recordação.

Vale salientar que uma vez no México, pedimos comida mexicana. Mas o chef é peruano! Daí não resisti e pedi um mix de menus. Estava simplesmente divino e indico de olhos fechados o serviço deles!

Onde ficar

Lembra que comentei que ficaríamos em um hotel? Pois bem… esse hotel era na beira da praia na zona hoteleira. Me pareceu muito bonitinho e organizado. Nos primeiros contatos fui muito bem atendida pela responsável pelo hotel. Se quiser arriscar o hotel era Posada Lamar Beachfront. Tem uma praia linda na frente e de bike até o centro leva uns 20 minutos. A vantagem de ficar ali é que teria a praia privada para uso sem precisar pagar por beach clubs.

Mudamos de planos e preferimos ficar no centro, perto dos mercados, restaurantes, bares, bancos e ter a privacidade de um apartamento. Não me arrependi pela troca. Acredito que ter acesso aos serviços à pé foi uma grande vantagem e não tão inflacionado como seria na zona hoteleira.

O apartamento que ficamos deve ter uns 70m2. Fica no 2o andar do prédio com vista para piscina (e sim, é possível usá-la), 2 quartos, 2 banheiros, cozinha e sala de estar integradas, lavanderia, uma varanda bem gostosa, ar condicionado e wifi. Tudo muito limpo e decoração bem clean. É possível pegar bikes emprestadas no condomínio e tem estacionamento.

Apartamento (Airbnb)

Onde comer

Fizemos muita coisa no apartamento. Mas também comemos em uns lugares bem gostosos.

Liefs

Na mesma calçada de muitos restaurantes e bares da Avenida Coba – uma das principais – está esse restaurante vegano com tacos para comer rezando! Bebidinhas diferentes e cerveja geladérrima! Atendimento simpático e ambiente descolado.

Mezzanine

Conhecemos por acaso. Estávamos indo em direção à zona arqueológica de Tulum e resolvemos parar para tomar uma cerveja. Tal foi nossa surpresa, que voltamos no dia seguinte para almoçar. O restaurante é tailandês. A comida é deliciosa e a cerveja gelada!!!
É possível ficar no bar e descer para a praia. Tudo muito limpo, distância boa entre as mesas e tem estacionamento para bikes. O atendimento é super simpático desde a entrada até os garçons.

O local é hotel também!

Restaurante Piedra Escondida

O restaurante fica dentro do Hotel de mesmo nome. É possível ficar no restaurante e curtir a praia do local.

A comida é bem gostosa, cerveja gelada e atendimento informal. Tem estacionamento para bike na entrada.

PS: gostaria de agradecer a colaboração das amigas de viagem que cederam algumas fotos!

Hasta la vista baby!!!

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