Cascais

Não sei se já comentei sobre isso, mas usei um programa de TV como referência para montar meu roteiro de cidades, passeios e restaurantes.

Cascais entrou no roteiro por três motivos: fácil acesso de trem desde Lisboa, a famosa formação rochosa “Boca do Inferno” e experimentar uma iguaria chamada “percebes”. Depois descobri que tem mais encantos que contarei mais abaixo.

Localizada em uma região conhecida como Riviera Portuguesa, Cascais era uma vila de pescadores que veio a se tornar destino de veraneio da Coroa Portuguesa e de ricos e famosos.

Desde a estação “Cais do Sodré” em Lisboa são em média 47 minutos, dos quais boa parte é margeando o Rio Tejo e cidades menores a beira do Oceano Atlântico, até chegar na estação de Cascais.

Ah… antes que eu me esqueça deixe-me falar duas coisinhas: se quiser uma linda vista durante trajeto sente-se do lado esquerdo no trem na ida e no lado direito na volta; não deixe para usar o banheiro somente na estação de Cascais, ele é unissex e muito sujo – infelizmente experiência própria 🙁

Aquele cartão “Viva Viagem” recarregável que se compra em Lisboa para o transporte público, serve para ir à Cascais também!

O que eu fiz

Eu havia colocado no meu roteirinho visitar a Praia do Tamariz – point para quem gosta de banho de sol com glamour e o Casino do Estoril – lendas dizem que esse Casino teria inspirado Ian Fleming em sua obra “Casino Royale”, mas deixei para uma outra ocasião já que estávamos com minha mãe e não poderíamos colocá-la para andar muito!- o que acabou acontecendo mesmo só ficando em Cascais (desculpe mãe!).

Bem… saímos da estação de trem e atravessamos a rua em direção ao oceano. Vimos a Praia da Conceição, super bonitinha com o Hotel Albatroz ao lado. Tem infraestrutura boa e um monte de lojinhas e bares em volta.

Praia da Conceição e o Hotel Albatroz

Continuamos em direção ao centro. Ruas pequeninas, lojinhas e restaurantes charmosos e chegamos na Praça 5 de outubro, um dos pontos mais centrais de Cascais com a bela arquitetura da Câmara Municipal (veja os azulejos na fachada do prédio) e a estátua de D. Pedro I. Me senti no Rio de Janeiro com o piso de pedras portuguesas formando as famosas ondas.

Pela rua beirando o mar passamos pelo Clube Naval, Marina, Palácio da Cidadela e pela Fortaleza Nossa Senhora da Luz – localizada na margem direita na foz do Rio Tejo, sua função era a defesa, porém com a evolução bélica veio a ser desativada. Sua construção foi iniciada em 1594. O terremoto de 1755 abriu fissuras nos muros e boa parte de sua estrutura veio abaixo ou foi danificada. Desde 1985 a fortaleza vem sofrendo restaurações.

Fortaleza Nossa Senhora da Luz

Lembra que eu disse que minha mãe não poderia andar muito? Pois é… acabou andando! Para a idade dela, porque na verdade são 1400m caminhando por um calçadão à beira mar e rochas que convidam a dar uma paradinha para tirar umas fotos até chegar a um dos motivos que me levaram a Cascais – a Boca do Inferno. Um trecho que levaria uns 18 minutos, levamos quase uma hora entre paradas para fotos, paradas para minha mãe descansar e pontos turísticos pelo caminho como A Casa de Santa Maria – local que recebe exposições e festas de casamento, o Farol de Santa Marta – onde é possível visitar sua torre e o Museu Condes de Castro Guimarães, onde a casa e o jardim são abertos ao público para visitas guiadas.

Antes de chegar na Boca do Inferno, passamos por uma feira de artesanato e chegamos a um espaço com restaurantes, cafés e lojas de comidinhas típicas. Ao lado do café tem a entrada para a famosa formação rochosa que leva esse nome devido ao som produzido pelas ondas quando batem contra as rochas e da espuma que se forma com esse movimento. O lugar é muito lindo, a mãe natureza é espetacular!

Se você quiser um visual mais bonito, antes de chegar ao mirante, tem uma escadinha à esquerda que parece perigosa mas é bem tranquila e leva a outro ângulo da boca da rocha. Os pescadores ficam nesse ponto.

Não passa transporte público nesse local, então para voltar, você precisa estar motorizado, voltar a pé, pedir um táxi ou UBER (que funciona muito bem lá)!

Onde comer

Na hora do almoço fomos para o Mercado da Vila Cascais. Aqui acontecem festivais gastronômicos ao longo do ano. No dia que fomos estava vazio e somente alguns restaurantes abertos, mas o que importava estava aberto… o Restaurante Marisco na Praça para eu provar o tão esperado “Percebes”, um marisco que para mim, tinha um aspecto de unha de dragão, mas que é bem gostoso!!! Nesse restaurante você escolhe o que quer e pesa. O que você escolheu vai para cozinha e pronto… Tudo fresquinho!

 

Percebes

A sobremesa fomos comer na tão famosa Sorveteria Santini.  Conhecida pelos sorvetes de sabores diferentes (tem os normais também!) preferi pedir um petit gateau de doce de leite com sorvete de canela. O petit gateau estava maravilhoso, o sorvete estava normal, mas tenho que confessar que, quem experimenta os sorvetes italianos in loco fica mais exigente 😉

Petit Gateau da Sorveteria Santini

Adorei Cascais. Em dias mais quentes, daria até para pegar uma praia! O clima da cidade é leve com vários bares e cafés com mesinhas externas. Valeu muito a visita!

 

Até logo!!!

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