Genebra é a segunda cidade mais populosa da Suíça, atrás somente de Zurique.
A Suíça tem a curiosidade da língua falada em cada cidade. Devido às fronteiras com a Alemanha, Áustria, Itália e França, cada cidade tem como sua primeira língua, a língua falada no país fronteiriço. Sendo assim, o primeiro contato em Genebra será em francês, mas relaxe, além do inglês ser quase uma segunda língua, você sempre ouvirá um alemão, italiano e/ou qualquer outra língua por causa dos tantos imigrantes que existem na cidade – inclusive o português do Brasil!
Outra coisa legal de Genebra é que, como Nova York, a cidade é um pólo importantíssimo se tratando da diplomacia e cooperação internacional, contando com departamentos das Nações Unidas, UNESCO e Cruz Vermelha.
Como se locomover
A malha ferroviária da Suíça é muito boa e seus trens bem cuidados. Sendo assim, chegar ou sair de Genebra é fácil e rápido.
Mas não é só de trem que se chega na cidade. Além do carro (lógico!), Genebra conta com um aeroporto que dista 5km do centro da cidade.
Internamente, a cidade conta com um ótimo serviço de transporte público e uma vez hospedado em um dos seus hotéis, você receberá tickets para utilizá-lo gratuitamente durante o período de sua estadia. Trânsito existe e se você não gosta de ficar preso dentro de um carro, evite os horários de pico em táxis e carros particulares.
Ah…. tem UBER também e funciona direitinho.
O que fazer
Em uma área de pouco menos de 2km2, encontra-se o Centro Antigo de Genebra. Passear por lá é ter contato com 2000 anos de história. É um local super agradável para apreciar as inúmeras galerias de arte, antiquários, museus, fontes, restaurantes, lojas de relógios (claro!) e de outros produtos. Pontos turísticos que conheci no Centro Antigo:
Templo de Madeleine – o templo de Madeleine é uma das igrejas mais antigas de Genebra. Sua arquitetura atual data de 1975.
Praça do Bourg du Four – Essa praça se encontra no cruzamento entre as ruas Verdaine, des Chaudronniers e a Étienne-Dumont. Com tráfego limitado aos pedestres é um local ideal para passear ou tomar um café ou aperitivo. Ao redor é possível ver o Palácio da Justiça (Palais de Justice) e tribunais que nos levam ao século XVII.
Catedral de São Pedro – é a maior igreja protestante de Genebra. Foi a catedral da cidade por quase mil anos, desde o fim do século IV até 1535, ano da reforma protestante. É um dos marcos arquitetônicos da cidade.
Promenade de la Treille – Parecido com um pequeno parque, esse local com banquinhos e mesas oferece uma linda vista para o Parque dos Bastiões. É onde está a estátua de Charles Pictet de Rochemont, estadista e diplomata que preparou a declaração da neutralidade da Suíça.
Fora do Centro Antigo:
Parque dos Bastiões – Conhecido também como Les Bastions é um local super agradável e eclético. Um local para levar as crianças para brincar, para jogar xadrez em tabuleiros enormes pintados no chão, onde rola música de todos os tipos ou simplesmente sentar nas escadas diante do Muro dos Reformadores, monumento representado pelos quatro pioneiros da reforma protestante: Guilherme Farel, João Calvino, Teodoro de Beza e João Knox.
Baía de Genebra e o famoso Jet d’eau – Caminhar pelo calçadão que margeia a baía de Genebra é delicioso, principalmente ao entardecer. Vários bares para fazer um lanche ou tomar um aperitivo, brincar com os cisnes ou simplesmente ver o tempo passar observando as pessoas de diferentes nacionalidades turistando ou vivendo. Poderia observar o tão falado jato de água que chega aos 140m de altura no meio da baía… mas infelizmente ele estava desligado na época que fui!
English Garden – Com 25000m2, esse jardim foi construído em 1854 oferecendo aos turistas e moradores uma vista linda da baía de Genebra, o famoso Relógio de Flores, vários bustos e esculturas. Um espaço para toda família contando com uma infraestrutura com 2 restaurantes, wifi grátis, bebedouros, banheiros e espaço para picnic.
Palácio das Nações e a Cadeira Quebrada – construído em 1929, esse prédio é a sede européia da ONU. Nesse local já foram realizadas inúmeras reuniões de resoluções de conflitos. Em frente ao prédio está a escultura “Cadeira Quebrada” – projeto de Paul Vermeulen e execução de Louis Genève. Possui 12 metros de altura e pesa 5,5 toneladas. O objetivo era pedir aos responsáveis para que minas terrestres existentes fossem interditadas. Foi feito um levantamento e concluído que a cada 20 minutos, em algum lugar no mundo, uma mina explode ferindo ao menos uma pessoa. A consequência da explosão geralmente é uma amputação, representada pela perna quebrada da cadeira.
Onde comer
Osteria della Bottega – sabe aqueles lugares que encontramos por acaso? Andando pelas ruas do centro antigo, longe das grandes avenidas, encontramos esse restaurante. Fomos muito bem atendidos por todos os funcionários que tivemos contato. O azeite biológico servido no restaurante é vendido na casa e é sensacional. Focaccia fresquinha. O polvo que pedimos estava maravilhoso com um tempero único. Aplausos também para o strudel que estava uma delícia!
Au carnivore – A princípio paramos no restaurante para comer fondue. Porém, adoramos o ambiente da parte de baixo do restaurante, muito aconchegante e típico, e para comer fondue teríamos que ficar em outra área. Acabamos pedindo carne e não nos arrependemos. O restaurante faz jus ao nome! Comida muito boa. A carta de vinhos é limitada aos vinhos suíços, mas muito boa.
Onde ficar
Holiday Inn Express Geneva Airport – Resolvemos ficar nesse hotel pela proximidade com o aeroporto. Achei melhor o custo x benefício do que ficar em outro hotel mais perto do centro. Somente a 4 minutos de carro do aeroporto e da estação de trem. Oferece transfer gratuito para o aeroporto e é a qualidade esperada para o Holiday Inn com máquinas self service e um bom café da manhã. Não oferece restaurante, mas eles ajudam a chamar restaurantes que possuam delivery.
Au Revoir!!!