Faz muito tempo que a Ilha de Páscoa estava na minha lista “Lugares para conhecer antes de morrer“. Um sonho antigo que consegui realizar somente agora. Um lugar cheio de energia, de gente simpática e pronta para ajudar, de paisagens deslumbrantes, de comida saborosa… Um lugar que renovou minha alma…
Umpouquinho de história…
Localizada no meio do Oceano Pacífico, a 4.100 km do Taiti e a 3.700 km de Santiago do Chile, a Ilha de Páscoa, cujo nome é uma referência ao domingo de Páscoa de 1722, em que foi (re)descoberta por navios ocidentais, é uma das três extremidades de um triângulo imaginário formado pela Nova Zelândia e pelo Havaí. Mais do que formar uma imensa área de milhões de quilômetros quadrados, esse conjunto de territórios distantes tem em comum a mesma origem polinésia e um certo gosto por histórias intrigantes.
É ali, em Te Pito o Te Henua (no “umbigo do mundo”, no idioma local), que viajantes de bom gosto encontram os melhores e mais distantes mistérios de uma gente que decidiu ir longe para fincar, entre tantos outros enigmas, estátuas gigantes que parecem reverenciar seus criadores Rapanui.
Mas a ilha não é só essas estátuas, ela é o topo de uma imensa cadeia rochosa que teria se formado há uns 3 milhões de anos e que se esconde a 3 mil metros no fundo do mar. Foi a partir de grandes explosões vulcânicas que surgiram lugares de beleza rara, em todo o mundo, como os vulcões Rano Kau e Rano Raraku.
(texto extraído do sitehttp://wap.viagem.uol.com.br/ultnot/ilha-de-pascoa.htm)
Como chegar
A LANé a única companhia aérea que voa para a Ilha de Páscoa. Saindo de Santiago do Chile são 5h50m até a Ilha e 3h50m para voltar para Santiago.
Nós preferimos pernoitar em Santiago tanto na ida quanto na volta.
O que fazer
Foi muito engraçado quando as pessoas me perguntavam para onde eu iria nas férias. A maioria dizia “mas o que tem para fazer lá?” 🙂
Gente… tem muita coisa… Mas a pegada da ilha é ecoturismo, natureza, caminhada, cavalgada, praia, mergulho… Esqueça compras, maquiagem, salto alto… Até rola umanight, mas confesso que preferimos aproveitar o que a ilha oferecia de dia!
Então vamos lá…
Ahu Akivi – São os moais mais bem conservados da ilha. De fácil acesso, tem até um banquinho para contemplação. Para fins de luz para fotografia dos moais, o melhor horário seria na parte da tarde.
Foram restaurados em 1960. São os únicos que olham em direção ao mar, ao contrário de todos os outros da ilha que estão “olhando” para dentro da ilha (ou com o rosto virado para o chão).
Anakena e Ahu Nau Nau – cerca de 1.300 anos atrás, duas canoas aportaram com um grupo de polinésios na baía deAnakena, colonizando o que viria a ser o ponto mais isolado do triângulo polinésio. É a única praia de areia da ilha. Vale muito a pena visitá-la. A área possui gramado, muita sombra, local para picnic e areia clarinha – o que é difícil na ilha. O banho de mar também é uma boa pedida!
Ahu Nau Naué uma plataforma de moais que fica ao lado da praia de Anakena. Possuem os rostos bem marcados. Para fins de luz para fotografia dos moais, o melhor horário seria na parte da manhã.
Ana Kai Tangata– Essa caverna pode ser visitada no mesmo dia que visitar o “Orongo” por causa da proximidade entre eles. É pequena mas oferece uma vista maravilhosa do mar, formações rochosas e pinturas rupestres. Por ser do mesmo lado da ilha que o “Ahu Tahai”, acredito que o pôr-do-sol desse ponto seja muito bonito também. Após o estacionamento são 2 minutinhos a pé até a escada que dá acesso a pequena caverna.
Para fins de fotografia, a melhor luz é a do início da manhã ou finalzinho da tarde.
Mergulho com aOperadora Orca– Já havia pego referência dessa operadora ainda no Brasil. Chegando na ilha, o dono da pousada também a indicou. Logo, não tivemos dúvidas, mergulhamos 2 dias com a operadora.
Eles são bem rígidos quanto à certificação e a quanto tempo foi o seu último mergulho. Sinceramente, achei ótimo, assim mostra o profissionalismo deles.
Foi um dos melhores mergulhos que fiz. A visibilidade é sensacional. Não é a maior fauna marinha que vi, mas é possível ver tartaruga, moréia, vários tipos de peixes e corais no mergulho mais básico (9 metros). Para os que tem certificação é possível mergulhar para ver o moai submerso (22 metros) e em cavernas. A temperatura da água gira em torno dos 20ºC. Os instrutores da operadora e todos que trabalham lá são super atenciosos e cuidadosos.
Orongo– Ruínas de antigas aldeias cerimoniais, palco da competição do Homem Pássaro. Fica no mesmo local do vulcão Rano Kau (veja logo abaixo).
Rano Kau – O maior vulcão da ilha. É impressionante a beleza desse lugar. Para fins de fotografia, a melhor luz – ao meu ver – para fotografar a cratera é a do meio do dia ou sem sol devido às sombras formadas pelas paredes do vulcão. É possível chegar de carro (no meio do caminho tem vários mirantes) ou por uma trilha que se inicia perto da Ana Kai Tangata.
Não deixe de entrar para conhecer a aldeia (Orongo). Fazendo a trilha demarcada, você terá uma vista linda do vulcão.
Rano Raraku – O local é mágico. Um dos “imperdíveis” da ilha. Além de ser por si só um espetáculo por oferecer uma diversidade de moais (397 em vários estágios), proporciona uma vista linda da costa leste da ilha e é possível ver os moais de “Ahu Tongariki” ao longe. Rende lindas fotos, principalmente ao final do dia.
Centrinho– Hanga Roa é o centrinho da Ilha de Páscoa e onde quase tudo acontece. Aqui você encontrará a maioria dos restaurantes, lojas, mercados, campo de futebol, a operadora de mergulho Orca e algumas pousadas.
Show típico – o dono da pousada me indicou esse show típico como o melhor da ilha, por contar a história de Rapa Nui de uma forma mais completa. Esse show acontece em um local chamado Te Ra’ai, que além do show, tem o restaurante. Faz parte do ingresso, um jantar com alimentos cozidos durante 6 a 7 horas debaixo de folhas de bananeira e terra. Uma experiência inesquecível.
Tahai– Pertinho do centro da cidade, o local é ponto de encontro para ver o pôr-do-sol. Verifique o horário do pôr-do-sol e chegue até uns 20 minutos antes.
Terevaka – O vulcão em si é bem pequeno. Mas o passeio vale a pena pela visão 360º que se tem da Ilha desde o topo. É possível chegar lá em cima a pé ou a cavalo. O passeio a cavalo é bem legal. O grupo que organiza a cavalgada é muito profissional e acredito que qualquer pousada tenha o contato.
Tongariki– Apesar de ter lido em vários lugares que esse lugar é maravilhoso ao nascer do sol (e concordo), enfatizo que é lindo em qualquer hora do dia e de vários ângulos. Desde a fábrica de Moais (Rano Raraku) é possível ter uma visão da plataforma de moais + mar – é lindo! No fim da tarde, o sol incide de frente para os moais, permitindo uma luz linda para fotografia.
Nesse ponto estão alinhados 15 moais em cima de uma plataforma.
Ana Kakenga– conhecida como “a caverna de duas janelas” foi um dos lugares que infelizmente não conseguimos visitar. Não existem indicações para chegar até lá. Você até vê um pontinho no mapa de pontos turísticos da cidade, mas acho que só dá para chegar com indicação dos moradores.
Se quiser conhecer, reserve pelo menos umas 3 horas. Disseram que, de onde se estaciona o carro até a entrada da caverna (que é um buraco no chão), é uma hora de caminhada.
Muitos dizem que é a caverna mais interessante da ilha e que o pôr-do-sol visto de lá é uma coisa de babar!!
Recomenda-se levar lanterna para visitar esse local.
Te Pito Kura – As pedras estão meio escondidas. É necessário ficar de frente para o moai que está com o rosto para o chão e ir contornando pela esquerda. Depois de uma corda que delimita o Moai, está um montinho de pedras. A pedra chamada “Umbigo do Mundo” se encontra dentro desse montinho de pedras.
Onde comer
Restaurante Haka Honu – Uma rua separa o restaurante do mar. Comida muito saborosa. Atendimento simpático. Ótima escolha na ilha.
Restaurante Tataku Vave – Quase a beira do mar, o restaurante oferece uma ótima culinária. O forte é frutos do mar, mas oferece massa e carnes também. O atendimento, como em toda a ilha, é muito simpático.
Kanahau– Almoçamos duas vezes nesse restaurante durante nossa estadia. A simpatia e a presteza da moça que nos serviu e a comida, nos conquistou. Serve massas, carnes e frutos do mar. Uma delícia.
Onde ficar
Cabañas Christophe – Escolhemos essa pousada pela proximidade do centro (1km) e pelas avaliações que li. Não me arrependi. O Christophe (dono da pousada) já estava nos esperando na chegada do voo com um colar de flores. Fez um mini tour pela cidade e foi super solícito em todos os momentos. Ficamos no chalé para 5 pessoas. Espaçoso, super limpo e muito prático (possui mini cozinha com utensílios domésticos). O café da manhã tem o essencial (frios, pães, sucos, café e leite). A internet é muito lenta, mas não foi o essencial. Atendimento nota 1000 desde o primeiro email trocado.
Dicas:
– Leve uma lanterna, pois algumas ruas não tem iluminação. Ela servirá também para visitar uma caverna chamadaAna Kakenga. E também no dia que for assistir o nascer do sol emTongariki;
– Duas palavrinhas em Rapanui que ouvirá bastante: Iorana= olá eMaururu= obrigada;
– Dinheiro: a moeda na Ilha é o peso chileno. Alguns estabelecimentos aceitam cartão de crédito, porém, poucos. Tem um banco Santander no aeroporto e no centro da Ilha;
– Clima: as temperaturas variam no mesmo dia. Pode acordar friozinho e com o sol, pode chegar a 25ºC. A noite e pela manhã vem aquele ventinho do Pacífico e por isso fica bem fresquinho! Mas nada que precise de um casaco de neve 😉
– Comprinhas: quem quer levar lembrancinhas da ilha, tem o Mercado Artesanal com vários stands. Fica ao lado da Igreja. Existem vários mercadinhos para comprar água, comida, biscoitos, etc.., principalmente na rua principal da ilha;
– Para quem quer entender um pouquinho mais sobre a Ilha, recomendo o livro “A companion to Easter Island” de James Grant-Peterkin. O livro não é tão guia nem tão científico. O dono da pousada nos emprestou durante nossa estadia e o levávamos para todo lado. (Tem a versão em espanhol também “Descubriendo Isla de Pascua“);
– Aluguel de carro: resolvemos alugar um carro para termos maior liberdade na ilha. No centrinho, não precisa de carro, mas os pontos turísticos são distantes entre si. Alugamos direto com o Christophe (da pousada), mas tem a locadoraInsularda qual li vários relatos bons. Outras opções de deslocamento são: quadriciclos, bicicleta e o ônibus de turismo que roda a cidade.